01/07/2010

Marie Curie - Uma das mais brilhantes Cientistas


Marie Curie (1867-1934) - A primeira mulher do mundo a ganhar um prémio Nobel, pelo seu trabalho na investigação da radioactividade.




Marie Curie, nome assumido após o casamento por Maria Skłodowska, nasceu em 7 de Setembro de 1867 em Varsóvia, Polônia. Foi a quinta filha e a mais nova do professor de física e matemática, Wladyslaw Sklodowski e da cantora, pianista, professora e directora co colégio Bronsilawa Boguska. Desde muito cedo mostrou-se uma excelente aluna e destacava-se pela sua prodigiosa memória.



Aos nove anos a pequena Maria perde a sua irmã mais velha de tifo e dois anos depois a sua mãe morreu vítima da tuberculose.

Em 1883 com 16 anos, ganha uma medalha de ouro pelos seus estudos na sua escola secundária, o Russian Lycée de Varsóvia. Como o seu pai era professor, e não possuía muitos recursos financeiros, ela teve de começar a trabalhar como professora.

Aos 18 anos arranja emprego como governanta, para financiar os estudos de Medicina da irmã Bronia em Paris, França, com a ideia de que Bronia futuramente, quando se formasse, pagaria também os seus.

Marie e Bronia


Em 1891, Maria Sklodowska foi para Paris estudar na Universidade de Sorbonne, onde começou a estudar e assistir as aulas de Paul Appel, Gabriel Lippmann (que futuramente seria o primeiro a apresentar suas descobertas para a academia de ciências), e Edmond Bouty. Lá conheceu Jean Perrin, Charles Maurain e muitos outros físicos que fariam parte de sua vida.
Trabalhava durante a noite nos seus estudos e praticamente vivia a pão com manteiga e chá. Além de encontrar dificuldades financeiras, enfrentava o preconceito que sofria devido ao facto de ser mulher e estrangeira.

Em 1893 diplomou-se em ciências físicas com as melhores notas da sua turma e começou a trabalhar no laboratório de pesquisas de Lippmann.




Em 1894, graduou-se em matemática com a segunda melhor nota. Neste mesmo ano conheceu Pierre Curie numa visita a casa de um amigo e cientista polaco. Neste período, Maria estava com 27 anos e Pierre tinha 35.




Ele já era chefe dum laboratório de física. Os dois tinham muito em comum: o amor pela natureza e pelo campo, pouca ambição financeira e uma grande paixão pela pesquisa e os estudos. Apesar de ter uma mãe extremamente religiosa, Maria era mais crente na ciência, o que lhe fez abandonar a igreja depois dos vinte anos e realizar seu casamento com Pierre Curie numa cerimónia civil.




O seu casamento em 25 de Julho de 1895 marcava o começo de uma sociedade que logo alcançou resultados de significado mundial. Marie e Pierre casaram e uniram esforços para estudar as substâncias radioactivas.



Nas suas pesquisas, efectuadas num pequeno barracão demasiado ventilado e exposto às intempéries, descobriram que o urânio continha largas doses de radioactividade.
Nasce a sua primeira filha, Irene em 1897.




É em 1898, que depois de um longo trabalho com o marido, isola dois novos elementos radioactivos : o Polônio (que recebeu este nome em homenagem a seu país natal) e o Rádio.




É indicada conferencista de Física na Escola Normal Superior de Sèvres, França, em 1900.
Em 1903, Marie finalmente defende a sua tese e obtém o título de doutora pela Sourbonne tornando-se a primeira mulher a receber o título nesta universidade.


No final do mesmo ano, Marie, Pierre Curie e Becquerel, recebem a medalha Davy da Real Sociedade inglesa e o prémio Nobel de Física pela descoberta da radioatividade. Facto inédito na época, para uma mulher. Ela tem nessa altura 35 anos.

Becquerel, Pierre e Marie

Em 1904 nasce a segunda filha Eve. Marie torna-se assistente chefe do laboratório do marido, na Universidade de Paris.




Em 1906, no dia 19 de Abril, Pierre, enfraquecido e esgotado com o trabalho e com a prolongada exposição à radioactividade, morre após ter sido atropelado por um carro. Ela assume o cargo dele como professora na Universidade de Sorbonne e torna-se membro da Academia Francesa de Medicina, duas posições inéditas para uma mulher.




Apesar da morte do marido, Marie continuou as suas actividades , publicando em 1910 o tratado de radioactividade, ganhando o segundo e inédito Prémio Nobel, desta vez em química, em 1911 com 43 anos, por ter conseguido isolar o elemento rádio e explicado as suas características químicas.




Em 1914 ajudou à fundação do Instituto de Radio, em Paris e foi a primeira directora do Instituto. Começa a trabalhar no desenvolvimento dos raios X com a sua filha Irene.




Quando eclodiu a primeira guerra mundial, Madame Curie apercebeu-se de que os raios X iram permitir detectar balas e facilitar as cirurgias. Como era de extrema importância que os feridos não fossem deslocados, ela inventou também carrinhas de transporte de aparelhos de raios X e treinou cerca de 150 mulheres para trabalharem com esses aparelhos.



Em 1921 Marie Curie viaja para os Estados Unidos com as filhas para fazer conferências sobre radioactividade e desta forma angariar fundos para a pesquisa. Viaja também pela América do Sul e Europa com o mesmo objectivo.




Fundou o Instituto do Rádio, em Paris. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.

Em 1926, Irene Curie casa-se com o físico francês Frédéric Joliot (1900-58) que também trabalha no Instituto.


Dá-se em 1932 a Inauguração do Instituto do Rádio em Varsóvia. A irmã de Marie, Bronia, assume a direcção.

Em 1934 os Joliot-Curies descobrem a radioactividade artificial e nesse mesmo ano em 4 de Julho, Marie Sklodowska Curie morre, em Sancellemoz,  de leucemia com 66 anos, causada provávelmente pela longa exposição aos elementos radioactivos.

A sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu o Nobel de Química de 1935, ano seguinte da morte de Marie.

Em 1995 os seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a primeira mulher a ser sepultada neste local.




“Marie é um marco na história da ciência; um exemplo de determinação, simplicidade, genialidade e sabedoria. Uma mulher que contribuiu muito para o progresso da ciência, a partir da sua busca incessante pelo conhecimento científico.”

Fontes: http://www.infoescola.com/biografias/marie-curie/; http://pt.wikipedia.org/; http://www.construirnoticias.com; Grande enciclopédia Larousse; outros
“Na vida, não existe nada a temer, mas a entender” Marie Curie

6 comentários:

  1. Querida Amiga Maria, é vendo mulheres iguais a Marie Curie, que sinto orgulho de ser mulher. Marie que nasceu no século XIX., imagine as dificuldades que passou para conseguir levar adiante seus objetivos, se ainda hoje as mulheres são tratadas como objetos, principalmente nos paises árabes. Marie Curie, é meu modelo de mulher, inteligente, determinada, uma das maiores cientistas da nossa era. Parabéns a você Maria por revelar a Blogosfera essa mulher incrível. Beijocas

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  2. Maria querida, fascinante saber um pouco mais acerca de Marie...que foi brilhante em sua área, pesquisadora e cientista...magnífico vermos isso, em tempos tão passados. Um grande exemplo para todos.

    Lindo dia pra ti amiga!
    Beijos
    Valéria

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  3. *
    Eu nunca vejo o que já foi feito.
    Eu somente vejo o que ainda
    falta para ser feito !
    ,
    in-Marie Curie,
    ,
    conchinhas, deixo,
    ,
    *

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  4. Maria, que bom vermos as pessoas com fibras e dedicadas a verem evoluindo uma nova descoberta, como esta...
    Um super abraço de Paz!

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  5. Ser mulher é isso, guerreira, confiante, é muito bom fazermos parte deste universo contribuindo para a humanidade. Parabéns pelo post. Bom final de semana. Muita Luz. Bjos.

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  6. nao gostei marie porque nao falou sobre a mensagem que levou a humanidade

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