22/08/2015

Soneto XV - William Shakespeare




Quando penso que tudo o quanto cresce
Só prende a perfeição por um momento,
Que neste palco é sombra o que aparece
Velado pelo olhar do firmamento;

Que os homens, como as plantas que germinam,
Do céu têm o que os freie e o que os ajude;
Crescem pujantes e, depois, declinam,
Lembrando apenas sua plenitude.

Então a idéia dessa instável sina
Mais rica ainda te faz ao meu olhar;
Vendo o tempo, em debate com a ruína,

Teu jovem dia em noite transmutar.
Por teu amor com o tempo, então, guerreio,
E o que ele toma, a ti eu presenteio.


William Shakespeare


5 comentários:

  1. Bom dia

    Pois....Soberbo este Soneto. Amei.

    Excelente sábado.
    Beijinhos

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. É um bonito poema conciliado com duas belas imagens!
    Um bom fim de semana Maria Rodrigues!

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  3. Soneto lindo!! Muito bem escolhido..
    Linda imagem, um campo de lavanda?
    Bom fim de semana.
    Beijos

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  4. Ola Amiga lindo este poema ! Nascer, crescer viver a beleza da juventude e envelhecer enfrentar esse declínio, que aqui dizemos ser a idade do "Condor" dor aqui dor ali, é muito difícil !! Mas, é a vida.
    Muitas saudades
    Beijinhos Léah

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  5. Oi querida amiga Maria, vim lhe desejar um final de semana maravilhoso, beijos e fique com Deus!!

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

Obrigado pela sua visita e pelo carinho que demonstrou, ao dispensar um pouco do seu tempo, deixando aqui no meu humilde cantinho, um pouco de si através da sua mensagem.

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