25/05/2017

Solidão - Poema de Pedro Homem de Mello





Ó solidão! À noite, quando, estranho,
Vagueio sem destino, pelas ruas,
O mar todo é de pedra... E continuas.
Todo o vento é poeira... E continuas.
A Lua, fria, pesa... E continuas.
Uma hora passa e outra... E continuas.
Nas minhas mãos vazias continuas,
No meu sexo indomável continuas,
Na minha branca insónia continuas,
Paro como quem foge. E continuas.
Chamo por toda a gente. E continuas.
Ninguém me ouve. Ninguém! E continuas.
Invento um verso... E rasgo-o. E continuas.
Eterna, continuas... Mas sei por fim que sou do teu tamanho!


Pedro Homem de Mello




11 comentários:

  1. Olá, Maria!

    Falei sobre essa solidão, talvez ela esteja pegando uns por aí, rs...

    Bjsss da Mila!

    https://palavrandoels.blogspot.com.br/2017/05/espelho.html

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  2. Desconhecia totalmente!!Mas Amei. A Foto é lindíssima!!

    Beijos
    Bom dia

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  3. Fotorafia deliciosa. Parbéns
    Abraço

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  4. Além de profundo esse poema, é belo e faz com que a gente se olhe interiormente e veja o quanto há de solidão na nossa casa interior. Beijos carinhosos!

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  5. Lindo poema reflexivo, a solidão é eterna companheira, nascemos sós e assim morreremos, gostei de sua escolha amiga Maria!
    Abraços apertados!

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  6. Solidão...

    Não gosto dela, não gosto de me sentir só rs...

    bjokas =)

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  7. A solidão não pode ser maior que nós...
    Um grande poeta, que muito se inspirou no Minho.
    Bom fim de semana, amiga Maria.
    Beijo.

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  8. A pior solidao é quando mesmo no meio de tanta gente ainda nos sentimos so, a solidao é estado de espirito...

    O poema é muito intenso e forte, mas bonito...

    Beijos...

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  9. Que poema maravilhoso!! Eu acredito que a solidão pode ter 2 faces: de amiga, pois pode nos ajudar a refletir e colocar pensamentos no lugar, e de inimiga, pois pode reforçar sentimentos angustiantes que podemos vir a ter.
    Grande beijo!!

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  10. Quando não me incomoda,
    pode ficar mais um pouco
    não a mando sair porta fora
    o sofrimento é doloroso!

    Tenha uma boa noite amiga Maria, um abraço,
    Eduardo.

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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